sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Combate à corrupção eleitoral



O escritor alemão Bertold Brecht disse: “Estranhem o que não for estranho. Tomem por inexplicável o habitual. Sintam-se perplexos ante o cotidiano. Tratem de achar um remédio para o abuso. Mas não se esqueçam de que o abuso é sempre a regra se não acordarmos para os fatos políticos”.

Nas democracias os líderes são líderes porque respeitam os limites que lhes são impostos pelo eleitorado numa eleição livre e justa. Adquire-se respeito, respeitando o povo que o elegeu. Este princípio em Barroso, lamentavelmente, vem sendo desrespeitado eleição após eleição. Nos últimos pleitos este desrespeito tem influenciado de forma completamente nefasta nos resultados das eleições. Como consequência, corrupção eleitoral com resultado nas urnas distorcidos por compra de votos.

A corrupção eleitoral se vence com reforma política e reforma política para nós aqui de Barroso é votar sem ter seu voto comprado. É não vender a sua dignidade por um caminhão de areia, por um emprego na prefeitura tomando vaga de um concursado legalmente, é não se vender por uma telha, um saco de cimento, uma viagem de turismo, um saquinho de pipoca ou de algodão doce, por uma consulta médica depois de dias aguardando na fila e ser maltratado como se a consulta fosse um favor e não uma obrigação de quem é pago com o dinheiro público para atender ao povo, é não ver sua dignidade ser vendida por uma receita médica aviada com o dinheiro público, ou ter seu voto comprado pela realização de um exame médico pago com seus tributos e dinheiro de seus suados impostos e assim por diante.

É não se sentir obrigado a vender seu voto porque a Prefeitura foi obrigada judicialmente a te pagar um precatório que já era direito seu consagrado por decisão judicial transitada em julgado. Querer comprar seu voto com esta história de precatório é crime eleitoral. Você sabia? Portanto, não seja enganado mais uma vez. 

O debate contra a corrupção eleitoral está muito carente em Barroso. Daí as nulidades
ou “nilodades” que assistimos todos os dias na prefeitura. Temos visto que uma casta maligna apoderou-se do poder e vem se perpetrando neste e tomando já como certo que a coisa pública pertence exclusivamente a este grupo. Todos nós barrosenses temos visto anos após anos que este esquema que envolve um poderoso esquema de mídia e de vantagens a grupos no poder público municipal, aliado ao uso indevido dos recursos públicos com um assistencialismo social sem um projeto tendo como premissa básica e única a compra de votos com forte definição no resultado eleitoral. Um assistencialismo social que fere ao mais tenro princípio de respeito ao ser humano.

O que fazer? O constante debate e medidas de investigação e denunciação para que com isto não venham mais prevalecer os fatos negativos e assim possamos mudar os rumos de nossa querida Barroso. Artigo 14 da Constituição Federal de 1988 nos diz que “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos.” Voto comprado perde a igualdade.As eleições devem ser limpas, o voto deve ser dado de maneira livre, consciente e com responsabilidade. A coisa pública tem que ser respeitada e não achincalhada como temos visto por parte do poder público em Barroso.

O importante é a criação do ambiente necessário à formação de opinião e de culturas
necessárias à mudança do quadro existente no momento que mais provado está, não é
mais possível suportar. Não podemos mais assistir silenciosamente a tudo o que vem ocorrendo em Barroso. O que vem acontecendo gera um sentido de perda, um sentido de abandono, um sentido de estarmos em uma terra sem lei, um sentimento de vazio e desamparo. Vamos denunciar a corrupção eleitoral dia após dia. E esta não existe somente nas
eleições, mas em todos os dias. É o que estamos vendo em Barroso.

Ações da Câmara Municipal e da Promotoria de Justiça com o controle da execução
do orçamento municipal e a lei dentro de princípios técnicos, há muito abandonados
e jogados no lixo. Práticas não ajustadas ao interesse público e contra eleições limpas não podem mais acontecer. Este é o nosso grande desafio. Este é o desafio que Barroso passa aenfrentar. A formação de uma opinião pública e que tal tema de combate à corrupção eleitoral seja um dos mais debatidos de agora até as eleições que se avizinham aliado à formação de prova correta aos delitos para nos distanciarmos ao máximo das conhecidas chicanas jurídicas que colocam o processo eleitoral a perder. Este é o dever de casa de todo barrosense.

Passemos Barroso a limpo com o voto livre e sem corrupção e tendo como único objetivo o compromisso com o futuro de uma Barroso melhor, sem comprometer com planejamento estratégico, algo completamente desconhecido por estes “coronéis e coronelas das pipocas com algodões doces”. Precisamos colocar um ponto final a todo este amadorismo e improviso com a coisa pública, respeitando a legislação, mas acima de tudo com respeito ao público, às leis e ao interesse público, servir ao público e não servir-se do público.

O povo em primeiro lugar. Voto não tem preço, tem consequência. Pense nisto cidadão. Pense nisto eleitor. Pense nisso, povo de Barroso

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