O escritor alemão Bertold Brecht disse: “Estranhem o que não
for estranho. Tomem por inexplicável o habitual. Sintam-se perplexos ante o
cotidiano. Tratem de achar um remédio para o abuso. Mas não se esqueçam de que
o abuso é sempre a regra se não acordarmos para os fatos políticos”.
Nas democracias os líderes são líderes porque respeitam os
limites que lhes são impostos pelo eleitorado numa eleição livre e justa.
Adquire-se respeito, respeitando o povo que o elegeu. Este princípio em
Barroso, lamentavelmente, vem sendo desrespeitado eleição após eleição. Nos
últimos pleitos este desrespeito tem influenciado de forma completamente
nefasta nos resultados das eleições. Como consequência, corrupção eleitoral com
resultado nas urnas distorcidos por compra de votos.
A corrupção eleitoral se vence com reforma política e
reforma política para nós aqui de Barroso é votar sem ter seu voto comprado. É
não vender a sua dignidade por um caminhão de areia, por um emprego na prefeitura
tomando vaga de um concursado legalmente, é não se vender por uma telha, um
saco de cimento, uma viagem de turismo, um saquinho de pipoca ou de algodão doce,
por uma consulta médica depois de dias aguardando na fila e ser maltratado como
se a consulta fosse um favor e não uma obrigação de quem é pago com o dinheiro
público para atender ao povo, é não ver sua dignidade ser vendida por uma
receita médica aviada com o dinheiro público, ou ter seu voto comprado pela
realização de um exame médico pago com seus tributos e dinheiro de seus suados
impostos e assim por diante.
É não se sentir obrigado a vender seu voto porque a
Prefeitura foi obrigada judicialmente a te pagar um precatório que já era
direito seu consagrado por decisão judicial transitada em julgado. Querer
comprar seu voto com esta história de precatório é crime eleitoral. Você sabia?
Portanto, não seja enganado mais uma vez.
O debate contra a corrupção eleitoral está muito carente em
Barroso. Daí as nulidades
ou “nilodades” que assistimos todos os dias na prefeitura. Temos
visto que uma casta maligna apoderou-se do poder e vem se perpetrando neste e
tomando já como certo que a coisa pública pertence exclusivamente a este grupo.
Todos nós barrosenses temos visto anos após anos que este esquema que envolve um
poderoso esquema de mídia e de vantagens a grupos no poder público municipal,
aliado ao uso indevido dos recursos públicos com um assistencialismo social sem
um projeto tendo como premissa básica e única a compra de votos com forte
definição no resultado eleitoral. Um assistencialismo social que fere ao mais
tenro princípio de respeito ao ser humano.
O que fazer? O constante debate e medidas de investigação e
denunciação para que com isto não venham mais prevalecer os fatos negativos e
assim possamos mudar os rumos de nossa querida Barroso. Artigo 14 da
Constituição Federal de 1988 nos diz que “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e
secreto, com valor igual para todos.” Voto comprado perde a igualdade.As
eleições devem ser limpas, o voto deve ser dado de maneira livre, consciente e
com responsabilidade. A coisa pública tem que ser respeitada e não achincalhada
como temos visto por parte do poder público em Barroso.
O importante é a criação do ambiente necessário à formação
de opinião e de culturas
necessárias à mudança do quadro existente no momento que
mais provado está, não é
mais possível suportar. Não podemos mais assistir
silenciosamente a tudo o que vem ocorrendo em Barroso. O que vem acontecendo
gera um sentido de perda, um sentido de abandono, um sentido de estarmos em uma
terra sem lei, um sentimento de vazio e desamparo. Vamos denunciar a corrupção
eleitoral dia após dia. E esta não existe somente nas
eleições, mas em todos os dias. É o que estamos vendo em
Barroso.
Ações da Câmara Municipal e da Promotoria de Justiça com o
controle da execução
do orçamento municipal e a lei dentro de princípios
técnicos, há muito abandonados
e jogados no lixo. Práticas não ajustadas ao interesse
público e contra eleições limpas não podem mais acontecer. Este é o nosso
grande desafio. Este é o desafio que Barroso passa aenfrentar. A formação de uma opinião pública e que tal tema
de combate à corrupção eleitoral seja um dos mais debatidos de agora até as eleições que se
avizinham aliado à formação de prova correta aos delitos para nos distanciarmos
ao máximo das conhecidas chicanas jurídicas que colocam o processo eleitoral a
perder. Este é o dever de casa de todo barrosense.
Passemos Barroso a limpo com o voto livre e sem corrupção e
tendo como único objetivo o compromisso com o futuro de uma Barroso melhor, sem
comprometer com planejamento estratégico, algo completamente desconhecido por
estes “coronéis e coronelas das pipocas com algodões doces”. Precisamos colocar
um ponto final a todo este amadorismo e improviso com a coisa pública,
respeitando a legislação, mas acima de tudo com respeito ao público, às leis e
ao interesse público, servir ao público e não servir-se do público.
O povo em primeiro lugar. Voto não tem preço, tem
consequência. Pense nisto cidadão. Pense nisto eleitor. Pense nisso, povo de
Barroso





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